Criança com suspeita de pneumonia é ignorada por plantonista em pronto-socorro municipal após mãe esperar 5 horas por atendimento

O que era para ser um atendimento de urgência à saúde infantil se transformou em um retrato alarmante do descaso no pronto-socorro municipal. Uma mãe denunciou nas redes sociais a grave negligência sofrida por seu filho de apenas 1 ano e 8 meses, que ficou cinco horas aguardando por exames. Ao ser finalmente atendida, foi surpreendida pela falta de atenção e preparo do médico plantonista, que minimizou os sintomas da criança e afirmou que “ele não tinha nada”.

Segundo o relato, a criança apresentava febre alta persistente mesmo após uso de medicamentos fortes. A mãe relatou que seu filho demonstrava dificuldades para respirar, mas o profissional, em vez de averiguar com seriedade, respondeu de forma insensível que “a respiração dele está boa” e que “não tem nada no pulmão”.
No entanto, no dia seguinte, a mesma mãe voltou ao pronto-socorro, agora sendo atendida por outro médico. Este segundo profissional, ao contrário do primeiro, solicitou exames completos, que revelaram alterações significativas. O diagnóstico: início de pneumonia, com o pulmão “super carregado”.

A situação escancara a falta de preparo técnico e sensibilidade no atendimento infantil, além da deficiência estrutural da unidade, que mantém pacientes aguardando por horas sem acolhimento digno. Mais do que uma falha pontual, o episódio evidencia um problema sistêmico: plantões mal supervisionados, profissionais despreparados e ausência de protocolos humanizados.

É inadmissível que uma criança com quadro respiratório grave seja descartada sem a devida investigação clínica. O simples fato de ter voltado ao mesmo local e encontrado outro profissional que detectou o real problema mostra que não foi o sistema que funcionou — foi um acaso que impediu o pior.

A saúde pública, especialmente quando se trata de crianças, não pode depender da sorte de encontrar o médico certo no plantão certo. É preciso cobrar da administração municipal a responsabilização pelo atendimento negligente e urgente reavaliação da estrutura de plantão, sobretudo na pediatria.

Quantas outras famílias não têm a mesma oportunidade de voltar no dia seguinte? Quantas crianças estão sendo ignoradas por um sistema que deveria protegê-las?

Enquanto isso, a gestão do pronto-socorro segue em silêncio. Mas os gritos da sociedade por dignidade no atendimento — esses, não podem mais ser ignorados.

1 comentário em “Criança com suspeita de pneumonia é ignorada por plantonista em pronto-socorro municipal após mãe esperar 5 horas por atendimento”

  1. Silvia Cristina do Nascimento

    Bom não tenho nem oq falar pq essa criança com o quadro de uma possível pneumonia é o meu neto q não confiante no q o médico disse com experiência de 4 filhas pedi p q minha filha voltasse com ele novamente ao PS pois meu neto estava bem cansado ao respirar,mas graças a Deus q no outro atendimento foi muito bem atendido e medicado com a medicação certa.

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