
Brasília está prestes a ferver.
A Advocacia-Geral da União (AGU) confirmou que a tão aguardada proposta de ressarcimento aos aposentados e pensionistas vítimas do escândalo do INSS será apresentada já no início da próxima semana ao Palácio do Planalto.
E por que tanta pressa? Porque a bomba já explodiu.
Uma investigação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) revelou um esquema massivo de descontos indevidos em aposentadorias e pensões. O número choca: 4 milhões de segurados podem ter sido lesados.
Mas o que era revolta virou ação.
Nesta sexta-feira (2), em uma reunião com clima de indignação e urgência, o presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, e representantes da AGU bateram o martelo: procedimentos administrativos serão abertos para investigar e responsabilizar servidores públicos e entidades privadas envolvidas no esquema.
E tem mais: o plano é que o ressarcimento venha do bolso dos culpados — e não do contribuinte.
“O que a gente está preocupado agora é assegurar que essas instituições que se beneficiaram injustamente do segurado tenham seus bens acautelados pela Justiça. Que o rombo não recaia sobre o cidadão”, disse Waller, em entrevista à GloboNews.
Tradução: o governo quer bloquear bens, exigir ressarcimento e apontar quem enriqueceu à custa dos mais vulneráveis. A AGU já determinou a abertura de processos para ir fundo nas responsabilidades civis e criminais.
No momento em que o país assiste escândalos se acumularem, essa pode ser a primeira