
O Brasil amanheceu diante de um capítulo histórico. Pela primeira vez, um ex-presidente da República foi condenado por tentativa de golpe de Estado.
Jair Bolsonaro recebeu pena de 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado, em decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que por 4 votos a 1 entendeu que o ex-chefe do Executivo liderou uma trama para permanecer no poder após perder as eleições de 2022.
Não se trata apenas de um julgamento comum — mas de um divisor de águas na consolidação da soberania nacional. O recado é claro: o Estado Democrático de Direito não se dobra diante de aventureiros políticos. A democracia brasileira, ainda jovem se comparada a outras nações, mostrou sua força em uma decisão tomada às claras, sob os olhos de todo o país e da comunidade internacional.
O Supremo Tribunal Federal, alvo constante de ataques e desinformações, respondeu com aquilo que mais fortalece uma nação: justiça e transparência. O julgamento foi transmitido, debatido e acompanhado em tempo real. Sem sombras, sem conchavos, sem brechas. A lei foi aplicada em sua totalidade, reafirmando que no Brasil não há espaço para quem tenta subverter a ordem democrática.
Não é coincidência que a imprensa internacional tenha repercutido o caso como uma “condenação histórica”. O Economist, jornais europeus, americanos e latino-americanos viram no episódio uma demonstração de maturidade institucional. Em um momento em que democracias ao redor do mundo sofrem com ameaças internas e externas, o Brasil mostrou que sabe resistir.
A decisão do STF vai além da figura de Bolsonaro. É uma afirmação de que nenhum cidadão, por mais alto que tenha chegado, está acima da Constituição. A tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito foi punida exemplarmente, assim como os crimes de organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio público.
Para muitos, o julgamento representa uma vitória pessoal do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso e alvo constante da fúria bolsonarista. Mas, na prática, a vitória é do povo brasileiro, que pode enxergar na corte máxima a garantia de que a democracia será defendida até o último artigo da Constituição.
Bolsonaro e seus aliados agora tentam se escorar em discursos de perseguição política e já anunciaram que recorrerão inclusive a tribunais internacionais. Mas a verdade é que a história foi escrita: o Brasil não tolerará atentados contra a sua democracia.
Este julgamento é mais do que um veredito contra um ex-presidente — é uma aula de soberania e respeito às instituições. Uma mensagem para hoje, para amanhã e para as futuras gerações: a democracia brasileira pode até ser atacada, mas jamais será derrubada.
