A audiência pública realizada na Câmara Municipal na última segunda-feira (29) confirmou aquilo que este portal vem denunciando há muito tempo: Santo Antônio da Platina vive uma perigosa escalada de gastos correntes enquanto os investimentos desmoronam, praticamente zerando o superávit que no passado recente sustentava algum equilíbrio fiscal.
Segundo o secretário municipal de Fazenda, José Ricardo Mariano, a arrecadação cresceu modestos 2,57% no segundo quadrimestre de 2025, atingindo R$ 68,1 milhões. Contudo, esse alívio foi engolido pelo avanço das despesas correntes, que dispararam 26,75%. O resultado é desastroso: os investimentos caíram 87,3%, despencando de R$ 5,9 milhões em 2024 para míseros R$ 760 mil neste ano.
O superávit, que no mesmo período do ano passado alcançava R$ 8,7 milhões, murchou para apenas R$ 96 mil – uma redução de quase 99%. Um número simbólico que traduz o colapso da capacidade de gestão e planejamento.
A crítica de Alexandre Levatti
O médico veterinário, pecuarista e ex-secretário de Planejamento de Santo Antônio da Platina, Alexandre Jesus Levatti, não poupou críticas:
“Infelizmente se concretiza em números oficiais a queda de investimentos e o aumento desenfreado dos gastos públicos em nosso município. O marketing nas redes sociais da administração não mostra a realidade econômica e fiscal. A hipocrisia dos discursos políticos e das ações maquiadas não irá pagar essa conta. Nós, contribuintes platinenses, é que pagaremos.”
Levatti alerta que Santo Antônio da Platina e sua população caminham para pagar um alto custo diante da farra de gastos e da desordem administrativa.
A marca da gestão GIL
A gestão GIL poderá ficar para a história como a administração que mais gastou e menos investiu. Em vez de aplicar recursos em infraestrutura, saúde e educação, prefere inflar a máquina pública, criando cargos, sustentando supostos apadrinhados e alimentando um marketing colorido que em tese mascara a realidade fiscal.
O alerta ignorado
Este portal já vem advertindo há muito tempo: a criação sucessiva de cargos administrativos e a suposta a prática de apadrinhamento político drenam recursos que poderiam estar sendo aplicados em áreas vitais.
Enquanto falta dinheiro para pagar professores, comprar medicamentos e zerar filas de exames, sobram recursos para manter uma máquina pesada e cada vez mais inchada por cargos comissionados.
O fim da linha
O quadro fiscal de Santo Antônio da Platina não é apenas preocupante. É um alerta vermelho. O município segue a passos largos para um abismo orçamentário.
Se nada mudar, a conta vai sobrar justamente para quem menos merece: a população platinense. Esse é o fim. Esse é o rumo que Santo Antônio da Platina escolheu seguir.
Este portal de notícias permanece aberto para manifestação oficial do Executivo Municipal, caso queira apresentar sua versão ou esclarecimentos sobre a atual situação orçamentária do município.
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