Santo Antônio da Platina à Beira do Colapso: Comércio Encurralado, Trânsito em Pandarecos e Vereadores em Silêncio

Na tarde desta sexta-feira, 9 de maio, Santo Antônio da Platina travou — no trânsito, no comércio e na paciência do cidadão.

Em plena véspera do Dia das Mães, uma das datas mais esperadas pelo comércio local, o centro da cidade virou uma praça de guerra urbana: buzinas, motoristas irritados, prejuízo para os lojistas e nenhuma autoridade visível para dar respostas.

A interdição da Avenida Oliveira Mota por conta das obras de revitalização já causava lentidão. Mas o absurdo atingiu níveis surreais quando a prefeitura decidiu, sem aviso e sem critério, podar árvores no calçadão justamente no horário de pico do comércio. Resultado: ruas Marechal Deodoro e Rui Barbosa congestionadas, motoristas indignados e comerciantes desesperados.

“Falta de planejamento por parte da prefeitura municipal. Sexta-feira, véspera do Dia das Mães, avenida travada por conta da reforma e o prefeito resolveu podar árvores do calçadão. Resultado: Marechal e Rui Barbosa em fila de carro e motorista bravo”, escreveu um comerciante nas redes sociais, em um desabafo que representa o sentimento coletivo.

Mas a pergunta que não quer calar é: onde estão os vereadores?

Enquanto a cidade afunda em um mar de más decisões, o silêncio da Câmara Municipal ecoa tão alto quanto os buzinaços nas ruas. Cabe aos vereadores o papel constitucional de fiscalizar o Executivo, cobrar planejamento, exigir transparência e defender o interesse da população. Mas o que se vê é uma complacência preocupante — quando não, conveniência.

O cenário urbano está em frangalhos: faixas de pedestres apagadas, buracos nas vias centrais, sinalização deficiente e uma gestão de trânsito que parece feita de improvisos. Não se trata apenas de obras mal programadas, mas de uma cidade sem direção e sem cobrança institucional.

O povo está cansado. Os comerciantes estão sufocados. E os representantes eleitos pelo povo parecem alheios ao colapso diário que se instalou nas ruas.

Santo Antônio da Platina precisa urgentemente de planejamento, mas também de vereadores que assumam a responsabilidade que lhes foi confiada nas urnas. Porque fiscalizar não é favor — é dever.

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