
Na tarde desta quarta-feira, uma moradora de Santo Antônio da Platina — que preferiu manter sua identidade em sigilo — procurou a redação do Café com Pimenta, munida de documentos, protocolos e comprovante de agendamento de consulta, para relatar uma indignação que, infelizmente, tem se tornado rotina para quem depende do SUS: a espera de mais de quatro meses por uma consulta com um especialista.
O caso não é isolado, e o tempo de espera beira o absurdo. Estamos falando de um sistema que falha exatamente onde deveria proteger: na linha de frente da saúde da população. Quando um clínico geral identifica que o problema exige acompanhamento com um médico especialista, isso por si só já sinaliza a urgência do caso. Ainda assim, os pacientes são abandonados em uma fila invisível, aguardando por meses um atendimento que deveria ser rápido, eficaz e humano.
Quatro meses — ou mais — é tempo suficiente para que uma condição de saúde se agrave. É um prazo que transforma a dor em rotina, o sofrimento em estatística e a dignidade em luxo. Quem sofre é o cidadão comum, que paga impostos, contribui com o sistema e, quando precisa dele, encontra portas fechadas e prazos impraticáveis.
Esse tipo de descaso não pode ser naturalizado. A saúde pública não é um favor — é um direito garantido pela Constituição. Esperar 120 dias para ser atendido por um especialista não é apenas uma falha administrativa: é negligência sistemática.
Enquanto gestores públicos se perdem em discursos e relatórios, a população segue oprimida por um sistema que promete muito, mas entrega pouco — ou nada.
Até quando Santo Antônio da Platina vai aceitar esse estado de abandono?
A pergunta que fica é simples e urgente:
Quem responde por esse caos? E, mais importante: quem vai resolvê-lo?
👉 Se você também está enfrentando esse problema, ou conhece alguém que está, deixe seu comentário. Sua voz pode ajudar a pressionar por mudança!

