A VERDADE SOBRE A LEI DA MÚSICA AO VIVO: QUEM LUTOU E QUEM TENTOU ROUBAR O CRÉDITO

Fabinho contou que, em 2017, abriu uma casa noturna — o Terrazo Music Hall — que teve de ser fechada dias depois por causa das restrições impostas pela Lei Municipal nº 530/2002, que limitava o som ao vivo apenas a ambientes com isolamento acústico. Até aí, tudo bem: fato histórico. O problema é o que veio depois.
No microfone da Vale do Sol FM, o vereador resolveu se apresentar como autor e protagonista da luta pela flexibilização da lei. Disse que essa sempre foi sua “bandeira” e que trabalhou “de forma legislativa e democrática” para atender músicos e empresários. Só faltou combinar com a realidade — e com os documentos oficiais.
 
 Documentos que desmentem o discurso
O Café com Pimenta em matéria anterior publicou um calhamaço de documentos oficiais protocolados na Prefeitura e no Conselho do Plano Diretor (CONPLAD) que mostram o oposto do que Fabinho disse.
A luta pela volta da música ao vivo começou com o movimento cultural “Sem Cultura, Sem Futuro”, idealizado pela artista platinense Dênia Machado, que organizou a primeira reunião no bar e lanchonete Tô em Casa, na Rua Dom Pedro II, que pertencia a Kenia Machado.
Naquele encontro, o grupo definiu que Janderson Rodrigues seria o porta-voz e responsável por toda a parte documental. E dali em diante, o movimento não parou mais: reuniões, atas, moções, ofícios, tudo protocolado e assinado oficialmente.
Eis alguns dos protocolos que comprovam a autoria do movimento:
Processo Digital nº 20619/2023 – Solicitação de inclusão da proposta no Conselho do Plano Diretor.
🔹 Código Verificador: 5C90UN17
Ofício nº 006/2023 – CONPLAD, de 03/07/2023, assinado por Giovanne dos Santos Leite, encaminhando a ata da reunião que tratou da alteração do Artigo 28.
Processo nº 25508/2023 – Pedido de informações sobre a legislação de música ao vivo.
🔹 Código Verificador: 6D1P513V
Processo nº 8723/2025 – Continuidade do debate e nova solicitação protocolada por Janderson Rodrigues, como porta-voz do movimento.
🔹 Código Verificador: 6V8ZI6S0
Ofício nº 047/2025 – SMP, de 20/05/2025, assinado por Sebastião Carlos Bianchi, secretário municipal, confirmando a tramitação do pedido no Plano Diretor e na Câmara.
Enquanto isso…
 O vereador nunca compareceu a uma reunião do movimento.
 Não assinou um único requerimento.
 Não aparece em nenhuma ata.
 E jamais figurou como apoiador antes do tema ser aprovado.
Mas, agora, com o projeto aprovado, corre para posar de “pai da criança”.
 
 A imprensa registrou tudo – e a verdade não apaga
O portal Tá no Site, do jornalista Luiz Guilherme, acompanhou desde o início cada passo do movimento: reuniões, protocolos e despachos. A história está registrada — carimbada, datada e publicada.
https://www.portaltanosite.com/noticia/97646/artistas-e-comerciantes-pedem-alteracoes-na-lei-que-proibe-musica-ao-vivo-em-santo-antonio-da-platina
 
https://www.portaltanosite.com/noticia/100872/movimento-qsem-cultura-sem-futuroq-convoca-platinenses-para-sessao-publica-na-camara-municipal
 
https://www.portaltanosite.com/noticia/101206/movimento-quer-apoio-de-vereadores-para-alterar-lei-que-restringe-e-veda-musica-ao-vivo
 
https://www.portaltanosite.com/noticia/103752/movimento-sem-cultura-sem-futuro-se-mobiliza-para-participar-do-plano-diretor
 
https://www.portaltanosite.com/noticia/160410/musica-ao-vivo-movimento-reabre-debate-sobre-proibicao

 
A tentativa de Fabinho de se apropriar de uma conquista coletiva é um retrato perfeito da velha política: a de quem chega por último, mas quer sair na foto como protagonista.
 
 Entre o palco e o palanque
O vereador pode até dominar o microfone, mas parece confundir tribuna com palco de campanha. Seu discurso “emocionado” na rádio pode ter convencido alguns desavisados, mas não resiste à checagem documental.
Os fatos são claros:
A vitória é da classe artística, dos empresários da noite e do movimento Sem Cultura, Sem Futuro.
Não de um político que apareceu apenas quando o aplauso estava garantido.
 
 Café com Pimenta não adoça a verdade
A verdade dói, mas é necessária:
o projeto não é, nunca foi e jamais será do vereador Fabinho Galdino.
É o resultado de anos de luta de quem vive a arte de verdade — gente como Dênia Machado e dezenas de músicos, produtores e empreendedores que lutaram para que Santo Antônio da Platina tivesse de volta o som, a cultura e o lazer.
E a pergunta que fica:
 O que esperar de um político que precisa roubar a bandeira dos outros para tentar mostrar serviço?
Aqui não tem fake, aqui não tem maquiagem.
Aqui é Café com Pimenta — quente, direto e com a verdade que queima na boca de quem mente.
 
Nota do portal:
Este espaço permanece aberto caso o vereador Fabinho Galdino deseje apresentar documentos, requerimentos, registros ou fotos que comprovem sua participação no movimento Sem Cultura, Sem Futuro, desde sua criação. O Café com Pimenta respeita o contraditório — mas trabalha com fatos, não com versões..