Vale Picanha: Presidente da Câmara afronta os platinenses com benefício de R$ 770 enquanto famílias vivem com R$ 1.518

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA – No último dia 08 de julho de 2025, o presidente da Câmara Municipal, vereador vermeio ferrugem da Platina, Luciano Almeida de Moraes, assinou o Ato de Promulgação nº 01/2025, criando o famigerado Vale Picanha para os vereadores. A medida garante R$ 770,00 de vale‑refeição mensais para parlamentares que comparecem a apenas uma sessão por semana, causando indignação na população.

Para se ter uma ideia, R$ 770,00 correspondem a aproximadamente 50,7% do salário mínimo atual (R$ 1.518,00). Enquanto a grande maioria dos eleitores do próprio presidente da Câmara sobrevive com R$ 1.518,00 por mês, ele utiliza o poder da caneta para conceder a si e aos colegas um vale-refeição quase equivalente à metade do que ganha um trabalhador comum, mesmo atuando apenas uma vez por semana nas sessões.
 
O desperdício com o dinheiro público é vergonhoso. A promulgação do Vale Picanha, feita de forma tácita após o prazo legal para manifestação do Executivo, mostra total desprezo pela realidade financeira das famílias platinenses.
 
Vou ao Ministério Público denunciar a ilegalidade de tal concessão”, declarou o vereador Leônidas, promotor de justiça aposentado, lembrando que tem propriedade naquilo que está falando. E mais: em vídeo, Leônidas afirmou que irá doar mensalmente o valor desse vale para uma instituição de caridade, mostrando respeito ao dinheiro público e indignação com o ato promulgado.
 
Resta esta esperança à população de Santo Antônio da Platina: que haja atuação firme, urgente e coerente do Ministério Público para barrar essa imoralidade e essa ilegalidade, conforme afirma Leônidas.
 
Agora, a pergunta que não quer calar: E você, eleitor do vermeio, aprova o que o seu vereador está fazendo?
Enquanto milhares batalham para pagar contas e sobreviver com pouco mais de um salário mínimo, o presidente da Câmara, Luciano Almeida de Moraes, assegura para si e para os colegas um benefício que afronta a população, afronta a economia local e debocha da cara dos platinenses.
 
Vereador não é profissão. É mandato, compromisso com a cidade e com quem o elegeu. A criação do Vale Picanha é mais um capítulo lamentável de uma Câmara que, ao invés de servir ao povo, parece servir a si mesma.
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