CÂMARA DE SANTO ANTÔNIO DA PLATINA APROVA, EM PRIMEIRA VOTAÇÃO, O IMORAL PROJETO 053/2025: LEGALIDADE NÃO É SINÔNIMO DE MORALIDADE

NA NOITE DE ONTEM, 16 DE JULHO, A CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO ANTÔNIO DA PLATINA REUNIU-SE EM SESSÃO EXTRAORDINÁRIA, SEGUINDO ORDENS DIRETAS DO PREFEITO, OBEDECIDAS E CONDUZIDAS PELO PRESIDENTE DA CASA, O VEREADOR LUCIANO DE ALMEIDA MORAES, O “VERMEIO DA PLATINA”, PARA A PRIMEIRA VOTAÇÃO DO PROJETO DE LEI Nº 053/2025.

 
UM VERDADEIRO CAMALHAÇO DE 360 PÁGINAS.
É assim que pode ser chamado o projeto recentemente analisado na Câmara Municipal, um documento inchado de cargos comissionados, funções gratificadas e privilégios que se multiplicam sem pudor. Um volume extenso, burocraticamente bem costurado para se encaixar na legalidade, mas impregnado de uma pesada carga de imoralidade e desrespeito à economia pública.
 
O Café com Pimenta esteve presente em todas as sessões, acompanhou atentamente os debates e registrou cada ausência, cada silêncio constrangedor e cada discurso que mais parecia uma peça de defesa pessoal do que uma prestação de contas à população. A sociedade, que já paga a conta de uma máquina pública inchada e ineficiente, se vê agora diante de um documento que, se aprovado em sua integralidade, ampliará ainda mais o fosso entre o cidadão comum e os privilégios da elite política local.
 
Nas galerias, poucas presenças. O povo, muitas vezes desanimado, mal consegue acreditar no que lê nos diários oficiais e nos bastidores da política. Nos microfones, porém, não faltaram vozes que, em vez de defenderem o interesse público, se dedicaram a justificar o injustificável. Houve vereador que citou a necessidade de “estrutura administrativa” como desculpa para manter cargos que, na prática, servem mais ao apadrinhamento do que ao serviço público. Outros optaram por discursos longos, recheados de tecnicismos, tentando convencer a população de que legalidade é sinônimo de moralidade. Não é. Nunca foi.
 
Enquanto isso, vereadores de postura independente cobraram mais responsabilidade fiscal, lembraram que cada cargo criado representa menos dinheiro para áreas essenciais como saúde, educação e infraestrutura. Ainda assim, foram minoria. E a minoria, todos sabemos, não pauta o resultado final.
Ao final da sessão, ficou a sensação amarga de que o mandato popular, que deveria ser sinônimo de compromisso com a comunidade, foi reduzido a um jogo de interesses. Um jogo caro, custoso e pouco transparente. O Café com Pimenta reforça: a legalidade não basta. Há que se respeitar também o princípio da moralidade administrativa e o clamor por economia pública.
 

AUSÊNCIAS QUE DIZEM MUITO
Dos 13 vereadores, quatro não participaram da sessão:

Karla da Saúde – justificou que não participaria porque tem filho pequeno, marido em tratamento de saúde em Londrina, e destacou que, em período de recesso, receber um projeto desse tamanho torna inviável um parecer responsável.

Edson Muniz “Buchecha” – recuperando-se de pneumonia, afirmou que concorda em parte com o projeto, discorda de muitos itens e criticou a votação às pressas: “Estamos de recesso, fomos pegos de surpresa. Votar algo a toque de caixa não seria responsável. Deveriam separar o projeto em partes”.

Flávinho – não participou e não respondeu até o fechamento desta matéria.

Irmão Paulinho – também não respondeu e esteve ausente.

/ OS QUE COMPARECERAM E VOTARAM A FAVOR

✅ OS QUE COMPARECERAM E VOTARAM A FAVOR
Enquanto isso, quem esteve presente, em sua maioria, votou favorável, mesmo sem demonstrar conhecimento real do projeto:

Eliane – seu discurso foi carregado de emoção, dizendo que é necessário aprovar para beneficiar mulheres e idosos. Não falou dos impactos financeiros do projeto. Nota-se um claro alinhamento com o prefeito e acredita-se que jamais votará contra, já que a criação de cargos poderá, em tese, favorecer seu grupo político.

Diego Vieira – defendeu o esporte e destacou a criação da secretaria correspondente, mas não falou sobre a demanda financeira do projeto. Mostra sua obediência ao prefeito, pois em seu discurso deixou claro que está com Gil.

Fabinho Galdino – defendeu a urgência do projeto, chegou a dizer que “a educação poderia ficar em segundo plano” e, como sempre, em tese, não vota contra o Executivo, já que seu pai ocupa cargo de confiança.

Cláudio Domingues (Cassão) – discursou sobre outros assuntos, sem mencionar o projeto, demonstrando desconhecimento sobre a pauta.

Benito – falou de outras questões sem se ater ao projeto, mostrando assim a fragilidade em conhecimento sobre a matéria que estava sendo votada.

Breno – defendeu o Executivo, falou de seu empenho na saúde e da sua campanha silenciosa, mas também não abordou os pontos centrais do projeto. Foi interrompido pelo presidente e solicitado que falasse especificamente do texto. Como seu filho ocupa cargo de confiança na atual gestão, em tese, jamais votará contra o prefeito.

❌ OS QUE VOTARAM CONTRA
Dois vereadores honraram o mandato:

Marcelino – firme, disse: “Eu até poderia votar em uma parte se viesse separado, mas veio tudo dentro de um pacotão. Assim, eu não vou votar.”

Leônidas – mostrou conhecimento, criticou o impacto econômico e disse: “O país vive uma crise, mas o prefeito vive numa bolha que está inchando a máquina pública.”

E AGORA?


E por fim, o projeto 053/2025 foi aprovado em primeira votação, mesmo diante das ausências e críticas. É preciso registrar: o presidente da Câmara, conhecido como o vereador vermeio da Platina, cumpriu o seu papel… recebeu a ordem e obedeceu. Lembrando ainda que o vereador tem um de seus irmãos ocupando cargo em comissão dentro do município, por indicação e nomeação direta do Executivo Municipal.
O povo segue pagando a conta. E nós seguimos acompanhando, cobrando e denunciando.
A SEGUNDA VOTAÇÃO SERÁ NESTA SEXTA-FEIRA, DIA 18.
👉 CABE A VOCÊ, CIDADÃO PLATINENSE, FAZER O ENFRENTAMENTO.
COBRE DO SEU VEREADOR!
Diga a ele que não aceite se tornar puxadinho da prefeitura.
Legislar é representar o povo, não obedecer ordens ou cumprir favores políticos.
 
Café com Pimenta – Aqui a notícia vem quente. E sem adoçante.

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